Depois de uma semana no mínimo, estranha, Portugal deve ou não ter as mesmas condições iguais ás da Grécia?? e com as várias reviravoltas do governo, percebeu-se que está tudo de acordo. Portugal pode ter menos juros para pagar e mais tempo para pagar.Falta mesmo é saber esse pormenor. Porque o ministro das finanças e o primeiro ministro acentuam o regresso aos mercados, pode é não passar de uma miragem... é absolutamente extraordinário ouvir um primeiro ministro a dizer que nunca ouve confusão nenhuma, que esteve tudo perfeito, quando esta semana se caracterizou por um cacofonia pegada, em que cada um disse o que lhe apeteceu, sem estar a par do que os outros disseram, em que foi completamente desconexa e se percebeu que o governo não tinha uma posição séria sobre este assunto. Houve ministros que mudaram de opinião, nomeadamente o primeiro ministro (PM), que mudou de opinião 3 vezes, primeiro queriam, depois já não queriam, depois já queriam, ouve ministros que não estavam a par das palavras do presidente da republica, uns concordavam, outros que não sem ouvirem as palavras do senhor. Foi uma semana patética para o governo!!!!, em que houve um desacordo total entre PM e os outros ministros. ''Porém à uma coisa em que estamos todos de acordo, na enorrrrrme distância a que estamos da Grécia'' disseram eles, eu pessoalmente até estou de acordo, é uma realidade de que que temos uma situação diferente da Grécia, e nós em Portugal não temos a real noção do que se passa na Grécia, é lá é uma catástrofe. Mas o rumo que estamos a seguir, caminhamos a passos largos como da Grécia!! E esse é o ponto, não estamos perto da Irlanda, e não tem nada haver, pois Portugal não tem as exportações enormes como eles nem o apoio dos EUA,etc... e com os números do INE, que são mais uns, que mostram que a recessão é maior que se esperava, o desemprego aumentou, que as exportações estão a crescer mas muito menos, o que leva a uma paragem brusca no crescimento, consumo privado a descer, o investimento a descer, ou seja Tudo a Descer menos o desemprego que esse é sempre a subir. O ministro das finanças, numa das suas conferencias dizia ''esta gente em Portugal não percebe nada do que eu digo, não lê noticias internacionais...'', presumo que o coitado não leia o Financial Times, a revista The Economist, já para não falar dos vários relatórios internacionais que colocam Portugal como um caso de insucesso. Por esta ficção, estamos a milhas da situação da Grécia, podemos estar diferente de facto mas não estamos a milhas e não somos uma caso de sucesso.Ponto. Portugal falhou todas as metas para 2012 e vai falhar tudo para 2013, e nós não sabemos o que vai acontecer em 2013, porque se isto está assim tão mau em 2012, o que é que vai ser em 2013??? com o esmagamento fiscal de que fala o CDS, com o corte das despesas de 4,400 mil milhões de euros, com o agravar dos impostos, diminuição dos salários, corte nos subsídios nos apoios sociais. Mas afinal o que é que vai ser???? Vivemos num país em que recessão é de 1% prevista por o governo, quando a previsão do governo para o ano de 2013 já foi quase alcançada já este ano, e superada , segundo dados da UGT vai chegar a 4.5%, a UTAL diz que não vamos cumprir em 2012 o défice de 5%, que é um défice fictício, porque o défice real já era de 6%. Dizia-nos o PM na entrevista à TVI que vamos lá chegar vivos em contraponto a Manuela Ferreira Leite dizia que era natural que conseguíssemos o ajustamento mas chegávamos ao final de 2013 todos mortos, ele (PM) lá assegurou que chegávamos vivos mas todos feridos. Quer dizer nós temos uma economia completamente de rastos, por exemplo o numero de insolvências tem duplicado, aliás subiu 42%, o numero de casais desempregados duplicou, quando se fala na restauração, dizem que à restaurantes a mais, mas querem fechar restaurantes??? querem colocar pessoas, empresários no desemprego?? não entendo!! À uma estratégia de empobrecimento à força e forçado, em que o PM que admitiu que podia ser mais alargado, o Miguel Relvas disse que não à mais tempo, porque mais tempo é mais dinheiro, e mais dinheiro é mais austeridade. E portanto nós vamos ter em 2013 um pacote de austeridade em cima de pacote de austeridade, exactamente igual com o que se passou com a Grécia, ou seja vai falhar redondamente. E depois temos a Troika a dizer que somos muito bem comportados e que somos um caso de sucesso, a seguir vamos ler os relatórios do FMI que alertam para todos os problemas que vêem aí, dizem que o crescimento não vai acontecer, que o desemprego não vai diminuir, que a carga fiscal tem de se manter, portanto o país está completamente asfixiado!! E esta distancia de que nós nos orgulhamos muito, que não somos a Grécia, é uma distância que tende a encurtar-se, na melhor das hipóteses, estamos a 1 ou 2 anos atrás da Grécia, porque por este caminho não à dúvida nenhuma que vamos estar igual à Grécia. Eu não tenho a mínima dúvida, as previsões de dia para dia pioram, estas previsões do INE, são revisões de previsões feitas à 3 SEMANAS, portanto à um ritmo de deterioração da economia portuguesa avassalador. Com este orçamento vai colocar milhares e milhares de famílias em desespero, vamos viver um ano de desespero!!
Da Europa não vamos ter nenhum tipo de apoio pelo menos até às eleições da Alemanha e resta saber se vem depois! Porque já toda a gente já deu como adquirido, e na minha opinião bem, que isto vai estar tudo parado, nomeadamente na união bancária, que já foi ajustada pela Alemanha, e à uma esperança que em setembro, com a vitória da CDU, com um governo da SPD que haja uma maior liberdade de actuação, sinceramente eu tenho alguma dúvidas. Porque basta ver a opinião pública alemã e não muda, e não muda com as eleições, pois que entretanto a sr. Merkel já ganhou e tem outra margem de manobra, mas a mentalidade e a politica é a mesma, é questão da Grécia e Portugal, mas o problema, não é o problema eleitoral mas sim um problema de politica, de politica que se recusa a considerar que à um problema na zona euro e não é por acaso que as cotações descem e não é por nossa causa (Portugal) mas sim porque a recessão se instalou na Europa. E depois à uma falta de compreensão na zona euro, sacando aos países do Sul as responsabilidades do estado em que se encontra cada um deles, Grécia por um lado, Portugal por outro, a Islândia por outro, Espanha por outro, Itália por outro, a França por outro, a Bélgica por outro, o pior mesmo é que estamos a chegar ao centro da Europa.
E vai engrossando o caudal!
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